Estudantes de Serviço Social concluem experiências de estágio
Programas Sociais 29/06/2022Futuras profissionais acompanharam o trabalho de Assistentes Sociais da Fundação La Salle durante três semestres
Cinco estudantes de Serviço Social da Universidade La Salle, em Canoas, concluíram o estágio curricular junto à Fundação La Salle. O trabalho teve início em março de 2021 e se estende até o início de julho. A proposta de trabalho foi acompanhar o cotidiano do profissional de Assistência Social, propondo ações para os espaços sociais vinculados.
Desta forma, as estudantes Ana Beatriz Dias de Oliveira, Iorrana Pandolfo, Janete Maria Weber, Marilei Lopes e Valeria Simone Oliveira trabalharam diretamente com demandas dos programas Primeira Infância Melhor e Criança Feliz, dos Centros de Acesso a Direitos dos bairros Mathias Velho e Guajuviras e do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, projeto que atende idosos em situação de vulnerabilidade social.
Os trabalhos foram supervisionados pelos Assistentes Sociais Angélica Borba, Wesley Carvalho e Maria Elóa Ferreira, em constante interação com a Coordenadora de Estágio da Universidade, Prof. Stelamaris de Barros Dhil.
Conheça o percurso do trabalho desenvolvido no CAD Mathias Velho
O primeiro semestre foi de observação institucional, com a finalidade de observar e reconhecer as demandas, articulações e compreender todo processo de funcionamento e trabalho do CAD e do Programa Presença. No segundo semestre, tendo conhecimento da realidade institucional, foi elaborado um projeto interventivo, com objetivo de desenvolver ações que respondessem às demandas identificadas. No terceiro semestre, a intervenção se deu por meio de práticas de monitoramento dos jovens acompanhados pelo programa e da realização de uma oficina socioeducativa, intitulada de “RAP Universos” por uma das estagiárias, bem como com a promoção de um conjunto de ações para as famílias atendidas com crianças e adolescentes em situação de evasão escolar, a fim de fortalecer o papel protetivo das famílias para adesão na educação formal, pela outra estagiária. Os três semestres totalizaram 450 horas de atividades práticas e reflexivas, sempre com o acompanhamento do Supervisor de Campo.
A prática interventiva da estagiária Iorrana Pandolfo foi a elaboração de uma oficina para adolescentes e jovens em cumprimento da medida socioeducativa de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC), sendo ministrada pela estagiária do Serviço Social e um músico, no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). O encontro teve como objetivo proporcionar reflexão sobre a perspectiva de projeto de vida, contando com participação de cinco jovens.
Em uma roda de conversa, após as apresentações, foi abordada a história do RAP, analisando a sua representatividade de comunidades excluídas e o fato do estilo musical ser marginalizado por parte da sociedade. Logo, foi realizada uma dinâmica de reflexão, sobre quem eles eram, quem gostariam de ser e quais seus maiores sonhos e desafios a serem superados. Os adolescentes aprenderam como compor um verso por meio de rimas, e, juntos, escolheram um ritmo “beat” com a proposta de construir um texto baseado nas suas reflexões para cantar junto à batida musical.
Realização da Oficina Rap Universos, ministrada pela estagiária Iorrana Pandolfo
“Quero viver de música, mas não venci a timidez
Enquanto eu não venço vou tentando mais uma vez
É tanta ideia na cabeça sentindo todo esse peso
Mas no final é sempre o mesmo”
Estrofe de um verso, escrito por um dos participantes da Oficina RAP Universos: W. 19 anos
Já a prática da estudante Marilei Lopes foi desenvolver o projeto de intervenção voltado para crianças e adolescentes evadidos do sistema formal de ensino. Assim, foi proposto pela estudante a elaboração de uma cartilha orientativa, em que constasse a importância da participação da família na prevenção da evasão escolar. O material também abordou aspectos sobre o fortalecimento da função protetiva em relação ao retorno às salas de aula e à permanência no âmbito escolar. Para esta ação foram selecionadas cinco famílias com crianças e adolescentes em evasão escolar para realização de visitas domiciliares, com intuito de entregar a cartilha e orientar cada responsável.
Para o Supervisor de Campo, Assistente Social Wesley Carvalho, “todo o período das atividades trouxe contribuições no processo de formação, propiciando às estagiárias um momento de aproximação com a prática, já que eram convocadas a realizar análises críticas acerca dos fenômenos e das expressões da questão social que emergem no dia a dia nos campos sócio-ocupacionais, onde os profissionais de Serviço Social estão inseridos”.
ACESSE AQUI a Cartilha de Orientação desenvolvida pela estagiária Marilei Lopes.